domingo, 7 de junho de 2020

Até Já



Após meses longe deste meu cantinho, que tanto me deu, senti uma enorme saudade.

Pus-me a reler textos que escrevi, a pensar na forma como ''empratava'' em palavras todo o reboliço que aqui dentro ia. Percebi que por vezes fui furacão de inconstância e outras tantas arco-íris de emoções. Aliás, ainda o sou (tantas, tantas vezes!). Há coisas que nunca mudam, não importa os anos que passem. Há uma essência intrínseca em cada um de nós, e não há vivencia ou desilusão que a desaloje do que somos. 

Estou a escrever e a sorrir. Porque sorrio quando escrevo, mesmo em dias que lágrimas escorrem pelo rosto. Porque a alma sorri quando desabafa, quando solta aquilo que doí - tal como um passarinho que é libertado após anos de enclausura. Aprendi aqui e convosco, que não há nada que liberte mais a alma do que expressar aquilo que nos vai dentro. Que ninguém é perfeito, mas que são as imperfeições que nos tornam seres bonitos e únicos. Aprendi aqui e convosco, que partilhar é um dos caminhos para a auto-descoberta, e que nos perdermos é também uma forma de nos encontrarmos. 

Este ano, depois de grandes mudanças na minha vida, senti-me preparada para embarcar num novo projeto. Um projeto meu, que sempre tive medo de tornar real. Em grande parte por duvidar tanto de mim e, por outro lado, pelo receio que o meio que nos rodeia impinge. A maioria das pessoas não lida muito bem com ideias ''fora da caixa'', com a diferença, com fazermos algo que se desvia dos padrões ''gerais'' da sociedade. Por vezes é preciso coragem, e talvez é também por ser necessária tanta coragem, que eu demorei tanto tempo. Mas não é tarde. Amanhã pode ser, mas hoje não. 

Quero ser escritora - lembro-me de pensar em pequenina. Ainda não sabia o que a vida me esperava e já me contentava em esquadrinhar o futuro. Escrevia e rasurava em caderninhos, poemas e declarações de amor. Não dizia a ninguém, era um segredo só meu. Em parte, o coração sempre soube que era ''impossível'', que não era ''bom'', que ninguém ia ''perceber''. Os anos foram passando e aquele querer foi se arrastando no tempo, diluindo em tarefas diárias. Claro, continuou a ser um escape do mundo, mas sem sonhares de quereres futuros e outras coisas mais. 

Na adolescência lembro-me de ouvir dizer: o que é nosso sempre retorna. A verdade é que nunca entendi muito bem o seu significado até hoje. Até este dia em que coloquei mãos à obra (literalmente) para realizar o sonho daquela pequenina - porque impossivel torna-se possível, basta querer. A menina cresceu, fez-se mulher, e com ela a acompanhou em silencio aquele sincero querer. Não há mal em querer. Há mal sim, em não lutar pelo querer, em fechar os olhos àquilo que nos move, em fugir do que nos faz mais feliz. Até ao dia em que dizes basta. Até ao dia em que relembras que ''o que é nosso sempre retorna'', e decides que hoje é o seu dia de regresso.

Há cerca de uma semana disse CHEGA. Criei o meu cantinho profissional, o meu próprio website, onde pude dar vida a este meu projeto chamado: Ana Soulful. Ana com alma, em português. Ana, o meu nome. Com alma, porque há coisas que nunca mudam (ora ''wild spirit'' não reservasse a essência mais intrinsica de mim).

Senti que devia partilhar isto convosco, porque durante quase 10 anos este pedacinho de mim, também foi vosso. Este lugar onde partilhamos aventuras, tristezas, alegrias, lições de vida, momentos importantes, histórias de amores inigualáveis e outras tantas coisas mais. 

Foi uma viagem tão bonita!

Após meses longe deste meu cantinho, senti uma enorme saudade, e percebi que tinha de voltar aqui para vos dizer - para além do que já disse - duas coisas: Até já e obrigada. Até já, porque adeus só se diz ao que vai para longe do coração. Um obrigada, por tudo aquilo que partilhamos juntos.


Até já,
Wild Spirit

sábado, 22 de dezembro de 2018

How to re-built a soul


Sometimes I question myself why there's so many bad people in this world. Everytime I think on this I get inside an avalanche of thoughts and questions that never end answered. 
Since very young I used to always convince myself that in every single careless atittude should exist a reason or an explanation. I always refused to believe in uniquely rude souls. So during 16 years of my life I always tried to see the wonderful on the bad. I always tried to have hope in every single person, believing always that they might have a story behind their desumanity. I was not stupid but I was naive. Many of them had awful atitudes with me, I always forgave. And I won't say that those atittudes didn't hurted me, they actually hurted a lot, but I always believed in a good appologize. 
It wasn't all roses and butterflies, but I used to live normally. Until one day. Until the day that my world collapsed, until someone messed up with my balance. Until it destroyed my soul. Henceforward, I lived in a body that I didn't loved anymore, in a soul that I was hating all the time. Depression and anxiety arrises with an amount of feeling that I couldn't afford and sustain inside me. I wasn't myself anymore. I was like waking up everyday with no purpose, without knowing what I was actually doing alive.
So, the following years I had to re-built a home for myself, to re-shape a soul, re-raise the faith. To create someone from the ashes can be a tough deal, such as find a meaning in this shitty empty world. So I focused on the ones that stayed, the ones that cared. I focused on my goals, on my dreams. And I tried to create a bridge between what I used to be and what I was becoming. I did it. I changed. I grew. I learned. I switched my woody house by a stronger one to protect myself. And listen, changing doesn't mean you've less feelings or you're less sensitive or you won't get hurted anymore. It only means that you're more prepared to deal with the storms.
Life made me learn to expect and preparing myself to the ugliness behind the beauty. And it's so fucking unfair, isn't it? To loose your inocence and trust in humanity in a single ''flash'', just because the ''bad ones'' actually exist. With those 7 years of growing I took so many lessons and now I can only feel grateful for what I am becoming everyday! Even that sometimes I still feel like a sort of an alien in this society. Yup, I haven't lost my dreamer side among all those realistics.

So,
Lesson 1: Never become like them. You can argue and take your position without being disrespectul. They only want to make you loose your mind. So don't give them what they want, because you're so much more than that.

Lesson 2: Be confident. I learned  that confidence and atitude is the key. And with this, I don't mean you have to step on others. But don't let others step on you too! We can all be confident and kind at the same time.

Lesson 3: Feel. If you want to cry, dont stop yourself from doing it. It makes part of the process of healing. So if you want to cry, or scream, cry and scream. Feel it all, in the deep of your heart. And I can only promise you that you'll feel so much better.

Lesson 4: Love yourself. When you spend so many years unloving you, you start to value every single victory like it's the first. So you should feel special too, cause you've the whole universe whithin your soul! So love the wonderful human being you are, love your scars, your flaws, because they're also part of who you are.

Sometimes I question myself why there's so many bad people in this world. Everytime I think on this I get inside an avalanche of thoughts and questions that never end answered. And then I smile to myself, because I am not one of them, I never will. And you know what? The change starts in each one of us!

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Prometo que sim


Eu sei que queremos isto com toda a força. E também sei que o queremos mais do que alguém pode imaginar. E nós vamos conseguir. Prometo que sim. 
Só quero que não esqueças, que não irá ser fácil. Vão haver dias de trabalho ardúo, semanas a dormir poucas horas, noites passadas a planear projetos, a delinear a realização de sonhos. Na verdade nada disto é simples. Mas juntos eu sei que conseguimos. Somos mais fortes que rochas e nunca desistimos daquilo que queremos.

E eu sei, que o amor pode assustar,
E eu sei, que o amor pode começar incendios até,
Mas sei também que o amor cuida, o amor protege.
E nós sempre cuidamos um do outro.
E muitos até podem não nos desejar bem,
mesmo que nós desejemos o melhor para eles.
E muitos podem olhar-nos de forma invejosa,
mas nós só vamos retribuir carinho.

Então amor, pega na minha mão e vamos só. Fecha os olhos e vamos caminhar por entre os nossos medos, porque são eles os unicos que nos podem impedir de ir para onde queremos ir. Anda. Vamos, na urgência do ir, na incerteza dos passos, no embalar do desconhecido. Pega na minha mão e vamos só. Eu sei que queremos isto com toda a força. E também sei que o queremos mais do que alguém pode imaginar. A nós vamos conseguir. Prometo que sim.