domingo, 8 de janeiro de 2012

Diário da estrela III


Eu não aprendo e às vezes desespero. Desespero de saudades tuas, mas quando acordo questiono-me : afinal saudades de quê? de mentiras?''
Temos sempre a mania de ter saudades do que não devíamos ter e do que não nos fez assim tão bem. Aproveitamos os resquícios quase transparentes de coisas boas e daí fazemos um conto mirabolante e perfeito. Mas não é, nunca foi e continuo a enganar-me com bonitas mentiras que não passam de falsas realidades. (...)
A vida é assim, pelo menos isso já compreendi finalmente. Só ainda não percebi porque juro tantas vezes que não choro mais e acabo a nadar nas minhas próprias lágrimas. '' Olha piscina grátis'', ai ironia. Ironia do destino que te pôs e tirou do meu caminho.
Neste meu caminho cheio de pequenos troncos ramificados em várias direcções, como se fosse uma árvore. Acho que a minha vida é mesmo como uma árvore.
Quando nasce um novo amor ou alcanço um objectivo é primavera para mim. as flores da felicidade nascem e vão crescendo. Quando estou no auge da elegância de um olhar ou focada no teu sorriso para mim é verão, quente e confortante. Quando me deixas sozinha do nada e desapareces sem regressar para mim é como se fosse outono, todas as minhas folhas caiem, ou seja, as minhas esperanças, a minha alegria, a minha capa protectora cai, fico desamparada e logo a seguir vem o inverno como consequencia de não te ter. Ele assim muito frio por não estar nos teus braços que me aquecem, naquele confortante calor do meu ''verão''.
E assim são as minhas estações, e assim é a minha vida, como uma árvore.

1 comentário:

Tiago Mendes disse...

A árvore pode sofrer com as estações, mas continua intacta a abrigar quem nela desejar encontrar um refúgio. Think about that :p