terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Borboletas e mais borboletas




Borboletas e mais borboletas, confusão de borboletas. Culpa da primavera ou culpa do amor, ou culpa de ambas que teimam com tantas borboletas. Vejo uma na flor e sinto outra no estômago. E uma que voa e outra que faz voar e no final ambas são irrequietas, ambas são silenciosamente arrebatadoras.
E quando se olharem e derem as mãos, o teu coração sobressaltado vai fazer sinal à primavera e oh, repara que lá vêm elas de novo. Confundem-se com arrepios, saem dos limites do comum, esvoaçam no inexplicável, passeiam pela escassez do saber, na mistura do que não é concreto. 
O amor apanhou-te.
Quando reparares, já saberás que estás perdida, ou que afinal te encontraste, ou que te perdeste ao te encontrares e vice-versa. Já saberás tanto, mesmo sem nada saber. Saberás que estás condenada ao eterno, que estarás manipulada por um sorriso e que a sintonia só se estabelecerá entre o toque da vossa pele, entre uma troca de olhares. O amor é assim. Não deixes esse sentimento escapar. Deixa as borboletas voarem e voa também com elas.


4 comentários:

Matilde disse...

Muito bom, parabéns!
http://sunflowers-in-the-wind.blogspot.pt/

Lis disse...

L-I-N-D-O !
Este texto com esta música de fundo, fica qualquer coisa de espetacular. beijo enorme

Cláudia S. Reis disse...

Que texto maravilhoso. Quase senti as borboletas a esvoaçarem à minha volta.

disse...

Muito lindo o texto, adorei *.*

Beijinhos
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