quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Encontra-te.


Olha para mim. Consegues ver-me? E se não me conseguires ver, consegues pelo menos sentir-me? Estou aqui. Aqui dentro de ti e não morri. Não penses que vais desistir e não me ignores mais uma vez, por favor. Não me deixes escapar como água por entre essas tuas mãos tristes, por esses teus pensamentos confusos que divagam no meio do transtorno. Tu não morreste, nem me perdeste, mas estás a fazer-te regredir aos poucos e a deixar-me para trás sem que te apercebas. Estás a deixar-me, e eu sou tu. Mas um tu que já não és, ou que não tens sido ultimamente, porque eu sorrio e tu choras, eu sou feliz e tu andas triste, eu luto e tu desistes, eu tenho força e tu... Tu estás a deixa-la escapar aos poucos. E tu sabes disso mas não fazes nada.
Porque me andas a largar quando já fui a melhor parte de ti?  O teu maior motivo de orgulho mesmo que não soubesses? Todos se admiravam, lembraste? Todos se admiravam com a tua felicidade, conquistaste pessoas com o sorriso, outras pela bondade e mais umas quantas pela sinceridade. E agora que esperas? Esperas conquistar mais umas com tristeza? Ou afasta-las? Afastar as que estão junto de ti? Eu sei que tens medo...
Sabes, motivo algum merece ou deveria ter a posse de te deitar assim abaixo, e apesar de eu saber que não és de ferro, és forte. Deixa-me voltar que eu ajudo-te. Volta simplesmente a ser o que eras e não te consoles com palavras bonitas. Consola-te com o teu sorriso. Sabes porquê? Porque palavras bonitas acabam e o teu sorriso vai estar sempre contigo até ao final independentemente das perdas, independentemente do tempo, independentemente da idade. E quando me refiro ao sorriso sabes que me refiro a ti. Volta, sim? Não te percas, não te deixes perder. Porque basta olhares para o teu interior para te encontrares. Olha para mim. Ve-me, sente-me,encontra-me. Encontra-te.

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