sexta-feira, 31 de maio de 2013

Borboletas #


Borboletas e mais borboletas, confusão de borboletas. Culpa da primavera ou culpa do amor, ou culpa de ambas que teimam com tantas borboletas. E uma na flor e outra no estômago, e uma que voa e outra que faz voar e no final ambas irrequietas mas silenciosas.
O tempo pode abrandar e mesmo que o relógio mantenha o ritmo, tu não vais entende-lo logo. E quando se olharem ou derem as mãos, o teu coração sobressaltado vai fazer sinal à primavera, e oh ... Repara que lá veem elas de novo. Lá andam elas por todo o lado, a sair dos limites do comum, a esvoaçar no explicável, passeando pela escassez do saber, na mistura do que não é concreto.
''Oh foste apanhada'', foste  sim, o amor apanhou-te. Não estavas à espera? Ninguém está.
 Mas quando entenderes finalmente, já saberás que estás perdida, ou que afinal te encontras-te, ou que te perdeste ao te encontrares e vice-versa. Já saberás tanto. Saberás que vais sofrer depois de sorrir, que vais cair no fim do degrau alto, da torre da felicidade, ou então tudo isto ao invés quando menos esperares. Tu sabes ainda que vais ter um desgosto e dás um passo atrás com receio, oh e quantos passos atrás vais querer corrigir ao lembrar que a felicidade está para a frente. E sabes... Sabes que estás condenada ao eterno tanto finito como infinito, que estás manipulada por um sorriso e que por essa razão só o dele fará sentido, assim como a sintonia só se estabelecerá entre o toque da vossa pele. Porque também sabes que uma vez apaixonada és propicia a cegueira, propicia à doçura, que uma vez encantada, deixas-te sempre encantar, e que começando a sentir-te preenchida o vazio é mais fácil de surgir e as saudades mais simples de afetar. Saberás tanto. Um tanto resumido a nada. Ou resumido a tudo? Oh, sente só, simplifica e resume pequena. Voa, e resume tudo isso a borboletas.

3 comentários:

disse...

"Lá andam elas por todo o lado, a sair dos limites do comum, a esvoaçar no explicável, passeando pela escassez do saber, na mistura do que não é concreto." lindo, lindo, lindo. gostei muito deste teu post, acho que estes voos que sentimos na nossa barriga, é a nossa alma a tentar voar mais alto, não será? beijinhos princesinha

disse...

muito obrigada princesinha, gosto muito deste teu cantinho e da tua escrita. beijinhos

disse...

muito obrigada princesinha, gosto muito deste teu cantinho e da tua escrita. beijinhos