terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O Segredo de Mel 9#


E lá andava ela pelas ruas adiante e nos centros comerciais à procura da sua mascote. Entrou em todo o lugar e mais algum e ainda não se tinha interessado em nenhum cachorrinho ou gato em especifico. Achava-os todos amorosos mas não era aquela coisa do ''ohh é este, é este!''. Começava a ficar desanimada de tanta loja percorrer e não decidir nada. Era certo que era indecisa e assim mas... Talvez devesse ser menos exigente. Se calhar era esse o problema, dar atenção a todos os pormenores e mais alguns. Estava cansada, e então decidiu arregaçar a manga para ver as horas e... Eram já 6h da tarde e  mal o viu semicerrou os olhos e forçou as sobrancelhas numa expressão chateada.
- Como é possível ainda não ter decidido nada? Eu não sou normal. - desabafou para si enquanto se dirigia ao café mais próximo.
Depois de tomar o seu maravilhoso café quente que lhe fez aquecer os pés, lá foi ela a caminho para casa. Já não podia ver lojas de animais à frente, sentia-se frustrada. E claro que não podia acabar por ali. Exatamente quando estava a meio do caminho começou a chover torrencialmente. 
-Só faltava mais esta!- Disse mel chateada.
Aquele dia não estava a correr nada bem de facto, ia chegar a casa de mãos a abanar, para além de estar naquela figura ridícula e ensopada. Não podia ter corrido pior.
Entretanto quando finalmente chegou, lá abriu a mala em busca da chave para abrir a porta e enquanto a abria ouviu algo vindo de perto. Parecia um gato a miar. Parou para escutar. Parecia um gato bebé e devia estar sozinho algures. Pousou a carteira à entrada e foi procura-lo na esquina ''talvez estivesse lá''.
Ao virar da esquina deparou-se com o pequeno gatinho num cantinho perto de um caixote do lixo, parecia frágil mas era tão lindo. Era cinzento com as patinhas brancas e tinha olhos verdes, era mesmo amoroso. Apercebeu-se que era mesmo aquele gatinho que queria, quando deu por si atrás dele de um lado para o outro feita criança enquanto pronunciava docemente ''anda cá bebe! pequenino... anda, anda.''.
Estava agora finalmente em casa e com um grande arranhão na cara, não fora nada fácil apanha-lo pois era muito rápido e aquele foi o resultado de toda aquela luta entre ambos. Agora lá estava ele no chão à beira da tigela de leite a olha-la de um forma tímida, como que pedindo desculpa pelo que tinha acabado de fazer. Foi então que mel disse com um olhar aborrecido mas satisfeito:
- estás a olhar assim para mim porquê? Foste tu que fizeste isto na minha cara Faísca!
Sim Faísca era agora o seu nome.

2 comentários:

Tiz disse...

este texto esta uma fofura :)
R: sabes, as vezes acho que nem mesmo as cocegas, acho que a minha cabeça tem de se mentalizar que agora depende do corpo, mais logo se vê. Por agora é recuperar, recuperar, recuperar!

catarina disse...

acho que desistir de mim foi a primeira coisa que fiz, já há muito tempo.