domingo, 9 de agosto de 2015

A brisa



O olhar incerto foca-se no horizonte. Uma brisa. Uma brisa leva-lhe os cabelos pelo ar algures naquela singela varanda. Os olhos fecham e o sono parece por momentos ocupar-lhe o ser. Boceja e abre os olhos. A brisa torna a embater nos seus cabelos e as sensações parecem agora ainda mais vivas com o cansaço... Como se cada partícula de si senti-se todos os movimentos do universo, cada colisão, cada raio, cada chilrear, cada brisa. Como se cada átomo seu sorrisse ao vento e ele lhe respondesse assim, levemente. 
Fecha os olhos. Agora na cama, as células já não parecem tão vivas, o sono parece estar a contagia-la. A brisa pareceu ter se despedido de si e agora no leito, cada parte sua parecia dizer adeus ao real. O surreal aproximava-se assim como o sonho. Será o sonho surreal, ou a vida?
O corpo parece agora ter fugido e a mente estar em outro lugar. O corpo naquele momento parece não ter função e a realidade da mente parece comandar tudo. Será que a mente comanda o mundo? 
Não há tempo para perguntas, o cansaço começa a perturbar e ela ali fica. Ela, o sono, o sonho, a mente... e tudo parece bem melhor assim.

5 comentários:

Pudim-flan disse...

És incrivel!

Cláudia S. Reis disse...

O importante é que estejamos bem!

Ember Blue disse...

Adorei ***

Ísis disse...

Escreves incrivelmente bem minha querida!

Ísis disse...

r: Muito obrigada minha querida