segunda-feira, 9 de abril de 2018

Diário de um ansioso #2



Quando o pânico chegar. Respira.
Quando o pânico chegar,  não o deixes se apoderar de ti. 
O pânico. É uma avalanche, uma bola de neve que marcha atrás de ti. E tu corres com todo o fôlego até ficares sem ele - como se fosse o ultimo dia da tua vida, como se aquele momento ditasse o fim. Corres com tudo e com nada, mas ela acaba por te apanhar. O desespero é demasiado. Sentes-te preso dentro de ti, um bloqueio incondicional, um aperto no peito e milhões de sensações prestes a explodir. Uma autentica bomba relógio. E tu sabes que quando chegas a esta fase, os danos colaterais são quase irreversíveis e o desgaste é inevitável. Como qualquer bomba, os danos só se evitam se a desactivares. Mas por vezes por apenas 5 segundos não consegues. E explodes. Explodes por todo o lado, coração e ser. 
O pânico. É uma avalanche, uma bola de neve que marcha atrás de ti. E o sofrimento chega juntamente com uma desilusão avassaladora que te oprime, que te rebaixa, que te coloca a confiança bem lá em baixo, bem pequenina. Sentes a regressão no peito. E mais uma vez a desilusão na alma.
Quando o pânico chegar. Respira.
Quando o pânico chegar, não o deixes se apoderar de ti.

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